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Mostrando postagens de 2012
Ser ou não ser, eis o H da questão! Apenas por um dia fora idealizada a “Paula Becker” ou quem sabe não seria melhor “Paula Beckher” ? Perceba como uma única letra faz, aqui, toda a diferença na existência dessa identidade que nasceu e mal se soltou do casulo. Retifico-me contigo, caro leitor e, para tal, exponho-te esta crise existencial recém superada desta identidade nascida após longo esquecimento. Eu disse antes e aqui, que meu nome ancestral era Beckher , quando, na verdade, ela era Becker . Ficou aí sobrando um H, que seria irrelevante, não fosse ele o cerne de toda a discussão que aqui lhes desvelo. Há não muito tempo afirmei ser o ofício do escritor um ofício ingrato, talvez não tão enfaticamente como agora. Pensem que complexidade mais maluca a olhos mais pragmáticos que os meus - sonhadores e cheios de esperança! O criar de formas e situações é das tarefas dadas ao “contador”, uma das mais fáceis e prazerosas... O penoso é mesmo dar-lhes alma ou – corrijo - sentir-l...
O Último Sarau Antes do Fim do Mundo Foi no "O Último Sarau Antes do Fim do Mundo" que eu exercitei o mostrar a cara que é a cara da arte que eu amo. Coloquei o vídeo aqui para compartilhar com vocês um trechinho do meu sentimento sobre escrever, esse desvelar e reconstruir constante.  Preciso, no entanto, me retificar e desculpar, pois a peça de teatro "Temporal", apresentada no Sest Senat em Três Pontas, no dia 28-11 não é um trabalho apenas meu, mas realizado em parceria com o Grupo Épico de Teatro Experimental e o ator Robson Sebastian. A peça foi inspirada na vida de Nelson Mandela e aborda o Apartheid na África do Sul. O texto da peça é de minha autoria e os créditos da direção da peça são do Robson Sebastian. A produção ficou por minha conta em parceria com o grupo todo e com o apoio da  FATEPS-UNIS, de Três Pontas. O figurino foi emprestado pela querida Celina Vas Tostes. Agradeço muitíssimo a todos que colaboraram para mais esta realização, espe...
É VOCÊ ESCRITO! Essas duas aí se viram no rumo da minha foto, na Plaza Mayor, de Madrid sem que nem eu nem elas intencionássemos causar isso. Paula Beckher (Poema  escolhido para ser apresentado no Sarau da Associação Cultural Viraminas, em Três Corações, 29 de novembro de 2012) É com o coração que se escreve. É com o corpo e o coração e com a garganta. E com a mente cansada que já não raciocina. A mente tomada, que já não reage.  Esta mente apenas observa. A vida... Continua...  Retorno, após mais uma distração, mais um lapso. Recuperei a muiteza da imaginação sem canalização e me posicionei. Acabou a ânsia de final.  A vontade de mudar o mundo... A língua na boca, eu a sinto. A garganta, o nariz e os ouvidos... Escrevo e recupero os sentidos perdidos no labirinto da mente inercial. A cada palavra, uma ação. Do amor, para além de mim, a coragem, mais uma vez. A grandeza de ser pequena. Sem medo.  O formato é difícil de adequar. Ele també...
Quem é Paula Beckher? “Não é o que você pensa que é! Não podemos pensar sobre a presença e nem a mente pode entendê-la. Compreender a presença é estar presente”. Eckhart Tolle, “O Poder do Agora”. Naquela quarta-feira não havia me ocorrido ler o livro acima, de onde tirei a citação escolhida. Era mais uma vez, quarta-feira! As quartas-feiras são dias em que o sino do acaso soa e faz com que eu ouça o que a intuição me diz.  E eu ouço! Às vezes com uma semana de atraso, mas tudo bem! Nas ultimas quartas-feiras eu tive a chance de viver "agoras" que ficaram para sempre na memória e, portanto, no passado! Sim, eu te conto do passado bem agora. O que me faz trazer a tona fantasmas de outros tempos... What? Calminha! Se não contei antes foi apenas por preferir infinitamente mais o presente que o passado ou o futuro. E é isso o que quer dizer "não ligar muito para fatos". Eu, como outros, antes, ao mesmo tempo e depois de mim somos pessoas que se cansam enorme...
A criança, a jovem, a velha e o mistério O vazio em dia chuvoso em Paris e a beirada do meu guarda-chuva Antes eu era criança. Hoje sou jovem. (A minha idade não importa em nada.) Antes eu era criança e hoje sou jovem, pois ainda não sou adulta o suficiente para abandonar toda e qualquer insensatez. Ainda não cresci para deixar de viver a aventura. Ainda não virei gente grande em um monte de questões. Nem abandonei a franqueza. Algo está mudando, como sempre esteve. Do que tenho, tudo, muito já me faltou e do que tive, não tenho mais. Os significantes variam. O sentido é o vazio (e o movimento). Algo está mudando, como sempre esteve. Diferente é que agora eu vejo, sinto e reconheço o passar do tempo. (E respeito!) Quando era criança, me pensava jovem e achava que seria jovem para sempre: eu nem queria saber o passar do tempo... Agora que sou jovem sei que um dia deixarei de assim ser; o que atesta a minha juventude. Eu ser jovem não tem nada a ver com aparência físic...
Com chapéu, sorriso e sem pressa! Eu, meu chapéu e meu sorriso em Paris Ao passear o chapéu que ganhei em Paris por Três Pontas, penso que ele talvez tenha mudado de função. Aqui, eu o uso, sobretudo, para proteger minha cabeça e meu rosto do sol. O sol de lá era tão brando... Em Paris, ele chegou para compor o visual, toda romântica eu estava, simplesmente por estar ali. O chapéu pareceu perfeito para o meu estado de espírito! Eu adorava aquele anonimato sem fim, aquele vazio pronto para virar criação. E o chapéu me levou a encarnar múltiplas personagens. Pura epifania. Mas aqui a coisa mudou de figura. Eu, meu chapéu e meu sorriso em Três Pontas Vejam: em ambos os lugares o chapéu e o sorriso expressaram a alegria e o contentamento que sinto por estar viva e por ser mesmo assim. Hoje, por exemplo, eu os coloquei para ir caminhando para uma aula que era longe da minha casa (e a distância eu a calculei em termos do tempo em que o sol estaria sobre a...
Presente? "O segredo da saúde da mente e do corpo está em não lamentar o passado, em não se afligir com o futuro e em não antecipar preocupações. Está no viver sabiamente e seriamente o presente momento". Siddartha Gautama (Buda) Eu e minha amiga Caroline Lara vivendo sabia e seriamente o presente em Paris O agora é um enorme presente! Muitos de nós estão constantemente desperdiçando este presente por estar com a mente focada em distrações; localizadas seja no passado, seja no futuro. "Mas os momentos felizes não estão escondidos, nem no passado, nem no futuro!", cantou Marina (e nós todos, com ela). O "X" do problema: desejo. Geralmente, queremos da vida apenas os presentes que escolhemos querer e rejeitamos muitos dos que nos são dados sem termos imaginado com antecedência. Perdemos a criatividade para conseguir receber surpresas do além. Perdemos a versatilidade de fluir como um rio pelos obstáculos naturais da vida: subindo, quando é a h...