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Algumas pessoas se importam de mais.
Acho que isso se chama amor.
Ursinho Pooh
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Atualizo-me diante de mim
E libero a nova
atualidade
Para ser
confrontada
com o olhar
alheio.
Primeiro, me olho
sem véus.
e então, me
desvelo.
Recolho-me do
alcance da maldade alheia
Estou
inalcançável por aquilo que na cultura é:
o diabo. Olhei
nos olhos do medo.
E ele
desapareceu.
A alegria teve
espaço para respirar, afinal.
Falei que tinha
achado o diamante!
Foi importante
conhecer a fome,
essa que comida
nenhuma supre
Fome de solitude,
respeito, amor próprio.
Renuncia de uma
busca desenfreada
é o mergulho, a
descida
na floresta
subterrânea.
Transformação
maravilhosa e colorida
A borboleta
reaparece voando
mais uma vez,
encantando
seus pares, na
dança
da sedução que
revela
a natureza
faminta
da mulher.
Ávida por vida
arte amor
Hambre Del alma, mal das mulheres modernas,
que aceitam do
mundo a imposição, que diz:
‘sê perfeita, para ser feliz’.
Perde-se em
prazeres efêmeros e extremos,
e a fome sempre
lá.
Solto-me com
dificuldade
Libero-me para o
calvário
que são, para
mim, estas letras
as quais não
controlo.
Oh, dança
diabólica!
Dionisíaca,
teatral.
Tenho as faces da
tragicomédia.
Quem imaginaria
o quanto esta escrita
minha, esta mesa
aqui, ou outra
Se tornaria o meu
local sagrado
Templo dos prazeres
e tormentos
Eu sonhara...
Mas em criança
faltava-me a quietude.
Agora
não busco
glórias
apenas
a expressão do inexprimível
um pouquinho de embriaguez
Só mesmo a poesia...
Libertação.
Sou um beija-flor
a bater asas pairando
no ar...
Se me apego a
estas linhas
É por ser
Ocidental demais
Acidental...
Leste é:
hemisfério direito do cérebro.
É lá que nasce o
sol do seu novo dia.
Silencio.
O nascer do sol é
mudo.
Oeste é: a casa
da morte
Transformação.
Medo vira amor.
Não acidental
mente...
Não mais.
Fruto da
insistência,
fé na passagem do
tempo
Estações da vida.
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