Título e Imagem retirados do filme “City Lights”, de Charles Chaplin
Por Paula Beckher
O diálogo
melhor é sempre o da gratidão, cara madrugada. E é engraçado como só para ti é
que sei falar. Só para o vazio. É só eu parar para escrever sobre algo, que o
tudo me toma e fico de nada. E é página em branco e nada feito.
Por
exemplo, estava decidida a escrever sobre a alegria,
essa emoção suave e contagiante, que de tão leve passa facilmente despercebida,
mas cuja ausência se apresenta como um estado quase que impossível de tolerar. O que somos nós sem a nossa alegria? Eu não sou nada sem a minha, pois
a alegria é mais que uma emoção: ela é um jeito de estar no mundo, um estilo de
vida, uma atitude.
E
não é que eu não tenha suficientes motivos para substituí-la por seu par
complementar, a sua alma-gêmea, aquela sem a qual a alegria não vive. Você já
sabe quem é... Isso mesmo: a tristeza! Julgamos estar tristes quando estamos
acabrunhados, desanimados, entediados, magoados, bravos, frustrados ou
preocupados, e o que geralmente está nos faltando é aquele quê a mais, o
entusiasmo natural da luminosa alegria – esse sentimento vital (tanto que
é comum dizer que alguém “morreu de tristeza” quando ocorre de, em um casal de velhinhos , um dos parceiros morrer e ser instantaneamente seguido pelo outro, já viu isso? Eu já.)
Mas
o que eu estava falando é que não sei escrever quando tenho algo imposto de
fora referente a sobre “o que escrever”. Essa dúvida engessa a ação, é torturante,
desnecessária e... Você já viu o quanto eu não gosto disso, certo? Então vamos
seguir em frente, pensamento, pois não tenho tempo de fazer letras sobre
desgraça pessoal de qualquer natureza: física, emocional, mental, e muito menos
espiritual! Eu quero falar é da alegria e da gratidão, eu quero sentir é a paz
e o amor por estar bem aqui neste ponto da trajetória sagrada de viver... Eu
escolho criar beleza em meus pensamentos. E daí advém a desejada alegria cuja ausência é tão temida...
Um
alerta: alegria não é euforia. Ela é bem mais sutil e muito mais constante. A
alegria é o puro alento do espírito, é sinal de que você tem vivido com a alma,
é marca de gente honesta consigo mesma. A alegria é o termômetro de que estamos
vivos, de que interagimos com outros, trocamos afetos, descobrimos corações,
abraçamos irmãos. Porque alegria é compartilhar da mesma fé, é olhar na mesma
direção, é acreditar em tempos melhores, é viver de acordo com a própria
verdade. O Ser em integração com Deus e com a natureza é instintivamente
alegre.
Mas
se essa chama andou se fazendo foragida para si por uma temporada, não se aflija Observe os
pensamentos que são construídos na sua mente e os sentimentos que emanam do seu
coração que a encontrará lá: amassada entre os destroços da vida, amuada diante
da imposição feroz da realidade sobre o sonho, desacordada a alegria. Não, ela não
morreu. Só anda meio – digamos – desmaiada. Nada que um boca-a-boca de alento espiritual não traga de volta à vida em três
tentativas. Mas não desista na segunda! Era só o seu ritmo atropelado causando
problemas e impedindo o seu caminho temporariamente, até que você conseguisse
tirar esse cisco do olho e essa pedra do caminho. Mais uma pra coleção.
E vamos confiar na vida! :)
Sintam-se em casa e comentem amigos!
A Divindade em mim saúda a Divindade em vós!
Namasté.
A Divindade em mim saúda a Divindade em vós!
Namasté.
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