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Mostrando postagens de outubro, 2012
A criança, a jovem, a velha e o mistério O vazio em dia chuvoso em Paris e a beirada do meu guarda-chuva Antes eu era criança. Hoje sou jovem. (A minha idade não importa em nada.) Antes eu era criança e hoje sou jovem, pois ainda não sou adulta o suficiente para abandonar toda e qualquer insensatez. Ainda não cresci para deixar de viver a aventura. Ainda não virei gente grande em um monte de questões. Nem abandonei a franqueza. Algo está mudando, como sempre esteve. Do que tenho, tudo, muito já me faltou e do que tive, não tenho mais. Os significantes variam. O sentido é o vazio (e o movimento). Algo está mudando, como sempre esteve. Diferente é que agora eu vejo, sinto e reconheço o passar do tempo. (E respeito!) Quando era criança, me pensava jovem e achava que seria jovem para sempre: eu nem queria saber o passar do tempo... Agora que sou jovem sei que um dia deixarei de assim ser; o que atesta a minha juventude. Eu ser jovem não tem nada a ver com aparência físic...
Com chapéu, sorriso e sem pressa! Eu, meu chapéu e meu sorriso em Paris Ao passear o chapéu que ganhei em Paris por Três Pontas, penso que ele talvez tenha mudado de função. Aqui, eu o uso, sobretudo, para proteger minha cabeça e meu rosto do sol. O sol de lá era tão brando... Em Paris, ele chegou para compor o visual, toda romântica eu estava, simplesmente por estar ali. O chapéu pareceu perfeito para o meu estado de espírito! Eu adorava aquele anonimato sem fim, aquele vazio pronto para virar criação. E o chapéu me levou a encarnar múltiplas personagens. Pura epifania. Mas aqui a coisa mudou de figura. Eu, meu chapéu e meu sorriso em Três Pontas Vejam: em ambos os lugares o chapéu e o sorriso expressaram a alegria e o contentamento que sinto por estar viva e por ser mesmo assim. Hoje, por exemplo, eu os coloquei para ir caminhando para uma aula que era longe da minha casa (e a distância eu a calculei em termos do tempo em que o sol estaria sobre a...
Presente? "O segredo da saúde da mente e do corpo está em não lamentar o passado, em não se afligir com o futuro e em não antecipar preocupações. Está no viver sabiamente e seriamente o presente momento". Siddartha Gautama (Buda) Eu e minha amiga Caroline Lara vivendo sabia e seriamente o presente em Paris O agora é um enorme presente! Muitos de nós estão constantemente desperdiçando este presente por estar com a mente focada em distrações; localizadas seja no passado, seja no futuro. "Mas os momentos felizes não estão escondidos, nem no passado, nem no futuro!", cantou Marina (e nós todos, com ela). O "X" do problema: desejo. Geralmente, queremos da vida apenas os presentes que escolhemos querer e rejeitamos muitos dos que nos são dados sem termos imaginado com antecedência. Perdemos a criatividade para conseguir receber surpresas do além. Perdemos a versatilidade de fluir como um rio pelos obstáculos naturais da vida: subindo, quando é a h...