A criança, a jovem, a velha e o mistério O vazio em dia chuvoso em Paris e a beirada do meu guarda-chuva Antes eu era criança. Hoje sou jovem. (A minha idade não importa em nada.) Antes eu era criança e hoje sou jovem, pois ainda não sou adulta o suficiente para abandonar toda e qualquer insensatez. Ainda não cresci para deixar de viver a aventura. Ainda não virei gente grande em um monte de questões. Nem abandonei a franqueza. Algo está mudando, como sempre esteve. Do que tenho, tudo, muito já me faltou e do que tive, não tenho mais. Os significantes variam. O sentido é o vazio (e o movimento). Algo está mudando, como sempre esteve. Diferente é que agora eu vejo, sinto e reconheço o passar do tempo. (E respeito!) Quando era criança, me pensava jovem e achava que seria jovem para sempre: eu nem queria saber o passar do tempo... Agora que sou jovem sei que um dia deixarei de assim ser; o que atesta a minha juventude. Eu ser jovem não tem nada a ver com aparência físic...
“Minhas mortificações consistiam em refrear minha vontade, sempre prestes a se impor.”